21 maio 2007
"Falas de civilização...
Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida.
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!"
Escrito por Alberto Caeiro
Um poema que sem dúvida reflete uma vivência já passada," longínqua", uma lição de vida...há quem permaneça na ilusão de querer inventar e convencido que comanda a suposta "máquina de fazer felicidade"
Etiquetas: felicidade, ilusão, lições de vida, poesia